24 de abril de 2009

Bicicletário no Conjunto Nacional

O shopping Conjunto Nacional, no centro de Brasília, acaba de reabrir seu bicicletário. A iniciativa é excelente e merece parabéns. Aos domingos, com o fechamento do Eixão, o local é facilmente acessível de bicicleta. Mas durante a semana, também dá.

A notícia do blog do Transporte Ativo diz que há um shopping em Brasília que costuma expulsar os ciclistas de sua área, sem dizer qual é. Eu digo com todas as letras, porque já aconteceu comigo e com minha esposa: é o Pátio Brasil. Pior é que o shopping ainda se diz "ecológico".

Desnecessário dizer que eu não compro mais nada no Pátio, nem casquinha de sorvete. Todos os ciclistas deveriam fazer o mesmo.

3 de abril de 2009

Segurança real e psicológica

Os centros das cidades grandes brasileiras são lotados de gente e carros de dia, e se transformam em ambientes desertos nas duas horas após o término do expediente. Esse padrão de ocupação urbana dá margem a vários tipos de problemas nessas regiões: pichação, vandalismo, moradores de rua. A cidade fica feia e desagradável.

Em certos locais, a região se transforma mesmo, após a saída dos trabalhadores, em um polo de tráfico de drogas ou prostituição. Por exemplo, a "cracolândia", em SP; a Avenida Atlântica, no RJ; a via S2, entre o Setor de Diversões Sul e o Setor Hoteleiro Sul, em Brasília. Não vou discutir os problemas e soluções para a criminalidade, porque não é minha área.

Em outros lugares, o que impera não é a insegurança em si, mas a sensação de perigo. É assim na região da Praça da Sé, em SP; na Avenida Presidente Vargas, no RJ; na via W3 Sul, Brasília.

É curioso notar que nessas regiões passam grandes quantidades de carros e ônibus, mas pouca gente está por ali a pé ou de bicicleta. Isso gera um ciclo vicioso onde cada vez mais gente opta por se isolar desses locais e portanto maior fica a sensação de abandono e risco. E no fim das contas, quem pode, usa o automóvel.

Em termos de ações violentas, é mais seguro estar a pé que de carro. Mas o sentimento de insegurança por estar a pé, por estar "exposto", é uma coisa séria. Tão séria que muita gente a tomar uma decisão de compra de R$ 10, 20, 30 mil -- um carro que às vezes nem seria tão necessário -- tendo este fator como preponderante.